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Historias de Motorciclista

Enviado: Ter Nov 06, 2018 8:23 pm
por Edu
[b]Certa feita. Lá no final dos anos oitenta quando eu comecei a fazer trilha de moto, aconteceu comigo a seguinte estória: Estava num grupo de seis motos. Eu com a DT 180 ano 81 e os demais com motos mais novas, muitas delas importadas. No final da tarde quando voltávamos pro lugar onde tínhamos deixado o carro, uma chuva forte começou a cair. O pessoal começou a enrolar o cabo e eu acabei ficando pra trás. Cheguei numa encruzilhada e não dava pra ver pra que lado os caras tinham ido... Já estava escuro, chovendo eu nunca tinha passado por ali e a DT não tinha farol. Escolhi o caminho da direita e comecei a descer uma estradinha que cada vez ficava mais estreita, foi quando passei por um lugar alagado e a velha DT 180 apagou. Pedala, pedala e nada.... só o cheiro de gasolina subindo. Tava eu lá. Fudido, com frio, perdido, e com a moto sem funcionar. Apenas algumas ferramentas na pochete. Foi quando ouvi uma voz vindo de um campo.... ela sussurrou: "Drena a cuba!" Eu, meio assustado, saquei uma chave Philips e esgotei.... saiu um monte de água junto com a gasolina. Montei na moto e quando fui dar a primeira pedalada ouvi mais uma vez a tal voz dizer: "Tira a vela, pedala bastante com a gasolina fechada e depois coloca uma nova". Mais uma vez olhei em volta já tremendo de medo.... Não tinha ninguém lá. Só um cavalo velho e magro. Fiz o que a voz falou e não deu nega. A DTzinha ligou na segunda pedalada..... Enquanto guardava as ferramentas louco pra seguir caminho escutei: "Segue em frente e depois vira sempre pra direita" Montei na moto e depois de uns 15 km cheguei num boteco onde meus amigos me esperavam preocupados. Eu tava branco de medo e contei o acontecido. Começaram a me zoar e dizer que eu tava inventando história. ... Foi quando um senhor já de idade interrompeu a conversa. Me perguntou onde tinha acontecido isso. Respondi que foi no pé da Serrinha pouco depois de uma ponte de madeira. Ele deu uma pitada no paiero e me perguntou se não tinha mais ninguém lá. Respondi de pés juntos que só tinha um cavalo. O velho deu mais um trago na pinga e me perguntou a cor do cavalo. Respondi que era branco. Ele então levantou a aba do chapéu e disse: Você deu sorte que era o branco. Porque o malhado não manja nada de 2 Tempos.[/b]